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  • terça-feira, 8 de dezembro de 2015

    As Barreiras vibratórias e suas consequências para a programação reencarnatória

    Alexandre Fontes da Fonseca

    Leonardo Marmo Moreira
     







    • Introdução

    • O perispírito e suas propriedades

    • Perispírito é o corpo semi-material que serve de envoltório para o Espírito propriamente dito. Também chamado corpo espiritual, psicossoma, modelo organizador biológico (MOB), corpo astral, entre várias outras denominações, dependendo da proposta ou tradição filosófico-religiosa do proponente no nome ou autor espiritualista, consiste em uma realidade profundamente relacionada a diversos fenômenos naturais, corriqueiros uns, mais raros outros, os quais ainda são pobremente compreendidos pela esmagadora maioria dos indivíduos.

    • Mediunidade; “curas espirituais” (que seriam melhor descritas como “curas perispirituais”, uma vez que a verdadeira “cura espiritual” é evolução intelecto-moral do Espírito imortal); fenômenos de emancipação da alma; mecanismos da Lei de Causa e Efeito, envolvendo a atual existência física (inclusive “marcas de nascença”, desenvolvidas durante o processo biológico, no qual o perispírito “transmitiria” suas “marcas” para a nova organização física) ou abrangendo múltiplas experiências reencarnatórias; e fenômenos de inspiração/intuição tanto em termos de intelectualidade como em se tratando de aspectos morais da personalidade são apenas alguns dos diversos processos, que envolvem uma significativa interação Espírito-matéria, nos quais o perispírito tem papel decisivo.

    • Uma das questões na quais o perispírito tem uma atuação decisiva é na definição de “fronteiras vibratórias” ou “barreiras vibratórias”. Seja exclusivamente no mundo espiritual ou na constituição de “barreiras vibratórias", de caráter semi-material no próprio mundo físico, o perispírito ou corpo espiritual, e suas respectivas propriedades, constituem fator preponderante em uma série de fenômenos que nos atingem diariamente, mesmo que, frequentemente, não nos atentemos para isso.

    • A maleabilidade e a expansibilidade, entre outras propriedades do perispírito, operam de diferentes maneiras dependendo de seu nível de “densidade fluídica”. Quando o Espírito é mais atrasado intelectual, e, sobretudo, moralmente, seu perispírito tende a ser mais “denso”, ou seja, mais “grosseiro”, mais materializado, o que o faz constituir uma realidade mais próxima das manifestações típicas do corpo físico propriamente dito. Por outro lado, quanto mais evoluído intelecto-moralmente for o Espírito, menos identificado com as manifestações do corpo físico será o seu perispírito, pois este último (o organismo semi-material interfacial entre Espírito e corpo físico) apresentará baixa “densidade”, isto é, será muito mais quintessenciado, em correlação direta com o nível evolutivo do Espírito que o utiliza. De fato, dentro da atmosfera de um determinado planeta, é o Espírito que definirá as diferenças fluídicas entre os envoltórios perispirituais dos indivíduos.

    • Assim sendo, dependendo da evolução espiritual do grupo de Espíritos que frequentam com assiduidade determinado ambiente, esse referido local adquirirá o chamado “nível vibratório” correspondente à evolução espiritual e às características fluídicas inerentes a esses Espíritos frequentadores do respectivo ambiente. Portanto, grupos constituem um “todo coletivo”, em termos de vibração (também chamada “sintonia espiritual”), sendo que cada indivíduo do grupo contribui para a vibração de todo o respectivo ambiente, em função de seus pensamentos, sentimentos, intenções, impulsos, ideais, esforços, entre outros, os quais geram repercussões fluídicas em torno de cada ser espiritual, já que o Espírito comanda o perispírito, inclusive definindo seu nível fluídico.

    O Perispírito e as barreiras vibratórias

    • As barreiras vibratórias estão relacionadas às propriedades do perispírito, sendo que a chamada “densidade vibratória” do perispírito” é fator decisivo para que o Espírito sinta efetivamente ou não as restrições fluídicas à sua ambientação em determinados locais. Como o nível de densidade fluídica do perispírito tem relação com a evolução do Espirito propriamente dito, quanto mais evoluído o Espírito, menos grosseiro é o perispírito. Assim, a similaridade fluídica entre o Espírito e o ambiente é decisiva para uma boa adaptação do Espírito a determinado local. 

    • De fato, um determinado ambiente tem nível vibratório correspondente à “sintonia” dos Espíritos mais frequentes no referido local. Assim sendo, quanto mais próximo for o nível vibratório de um determinado Espírito em relação à vibração ambiente, maior deve ser sua facilidade de adaptação a esse ambiente e de intercâmbio fluídico entre a respectiva entidade e o meio. Em adição, maior também será a probabilidade de telepatia entre todos os Espíritos em questão, e, por consequência, maior a probabilidade de uma eficiente “influência espiritual” entre os Espíritos que frequentam determinado sítio. 

    • Ademais, quanto maior a “sintonia espiritual”, maior tende a ser o “intercâmbio espiritual” e, eventualmente, a “ascendência espiritual” de um obsessor sobre seu respectivo “obsediado” (assim como a ação de um mentor espiritual sobre seu “pupilo”). Na linguagem de Manoel Philomeno de Miranda (psicografia de Divaldo P. Franco), poderíamos afirmar que quanto maior for a sintonia espiritual/perispiritual entre obsessor-obsediado, maior deve ser a efetividade da “conexão plug-tomada”.

    • Por outro lado, quanto maior for a distância intelecto-moral entre os Espíritos e, por consequência, a diferença de densidade fluídica entre os perispíritos, maior vai ser a dificuldade de intercâmbio de ideias e fluidos entre os respectivos Espíritos. Em uma primeira análise, estamos admitindo que tal interação ocorreria entre um Espírito desencarnado e um Espírito encarnado, mas, obviamente, tal processo ocorre entre todos os Espíritos, independentemente do fato de estarem encarnados ou desencarnados.

    • A questão sintonia/vibração, portanto, envolve o Espírito individualmente, mas também abrange os ambientes, os quais adquirem a vibração, digamos, “média” das sintonias/vibrações dos Espíritos que são mais frequentes em cada respectivo ambiente, dependendo de suas áreas de interesse, emoções, sentimentos e aspirações.

    • Essa análise indica que, apesar de obviamente o Espírito, individualmente, ter o seu livre-arbítrio e ser totalmente responsável por suas obras, ele não é isento de sofrer influências do ambiente, as quais podem ser mais ou menos efetivas nos seus impactos mental e comportamental, dependendo da elevação e da afinidade espiritual dos seres envolvidos na respectiva interação.

    • Como não somos ainda, na maioria de nós, Espíritos de elevada condição espiritual, temos que desenvolver, constantemente, grande “vigilância” (para utilizarmos uma palavra evangélica), tendo cuidado redobrado quando nos submetemos a influências espirituais negativas, considerando ambientes, conversas, leituras, filmes, trabalhos, entretenimentos etc.

    • Isso ocorre porque ainda somos significativamente susceptíveis de sofrer tais influências negativas. De fato, quanto mais evoluído for o Espírito, menos acessível ele será em relação às influências de ambientes negativos. Todavia, como ainda temos fragilidades morais (algumas delas desconhecidas, ou pelo menos pouco conhecidas, por nós mesmos), devemos ter elevado cuidado em relação às influências a que nos submetemos voluntariamente.

    • O ditado latino diz: “Diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és” e Allan Kardec, Divaldo P. Franco, entre outros, fazem uma paráfrase aprofundando a questão espiritual intrínseca nesse adágio, afirmando: “Diga-me o que pensas e eu te direi qual é o conteúdo moral das tuas companhias espirituais”.

    • Portanto, se eu gosto muito de frequentar bares, boates, bailes, entre outras casas noturnas, naturalmente estou submetendo-me às influências inerentes a esses locais. E, se, por outro lado, prefiro outros tipos de ambientes, submeto-me, de acordo com o meu livre-arbítrio às influências características desses outros ambientes. Por outro lado, mesmo que o local seja o mesmo, a diferente temática no momento da presença do Espírito é fator importante no tipo de influência fluídica a que esse Espírito está se submetendo. De fato, uma mesma sala de cinema, por exemplo, pode apresentar filmes com nível de conteúdo espiritual completamente diferente, o que repercutirá no nível vibratório desse Espírito bem como na sua susceptibilidade às influências negativas.

    • De qualquer maneira, para o bem ou para o mal, há indivíduos mais impermeáveis e há indivíduos mais susceptíveis à quaisquer ambientes. Todavia, é importante frisar que ninguém é totalmente impermeável (pois todos têm, pelo menos, uma “mediunidade basal”), e é aí que está grande parte do problema. Todos nós podemos sofrer influências “telepáticas”, através da transmissão mental de ideias boas e ruins, assim como influências fluídicas, sofrendo o impacto da “vibração espiritual” do ambiente.

    • De qualquer maneira, mesmo quando não nos damos conta, através de sinais ou sintomas físicos, psicológicos, espirituais, entre outros, não quer dizer que a presença em determinado ambiente não tenha gerado algum impacto sobre qualquer um de nós.

    • Essa questão é discutida em várias passagens da Codificação, tais como o capítulo XIV, denominado “Os Fluidos”, de “A Gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo”. Inclusive, esse capítulo constitui uma das bases kardequianas para a fluidoterapia no Centro Espírita, a qual envolve, basicamente, a utilização da terapia dos passes e da água fluidificada e/ou magnetizada.

    • A fundamentação da fluidoterapia, baseada na ideia de “transfusão de fluidos de elevado nível vibratório” demonstra como o ambiente afeta a interação fluídica afeta nossas saúdes espiritual, perispiritual e física.

    • De qualquer maneira, mais eficiente do que qualquer terapia de ação predominantemente física e/ou perispiritual, a reforma moral do Ser Espiritual ainda é, e sempre será, a imunidade definitiva contra influências fluídicas e/ou ideias negativas captadas em ambientes de baixo nível espiritual. Isso ocorre, pois, o Espírito superior, naturalmente situa-se em nível vibratório superior, ficando praticamente imune à influenciação negativa, dependendo do nível de diferença evolutiva analisado.

    André Luiz e as fronteiras vibratórias

    André Luiz, nas obras “Nosso Lar” e “Os Mensageiros” relata a existência de “barreiras e/ou fronteiras vibratórias” tanto nas colônias espirituais de “Nosso Lar” (relatada no livro de mesmo nome), como no posto de socorro da colônia espiritual de “Campo da Paz” (comentada na obra “Os Mensageiros”). Por conseguinte, o autor defende que uma série de bem definidas “barreiras vibratórias” contribuem na “separação do joio e do trigo” no mundo espiritual, ou seja, tais fronteiras vibratórias são decisivas para a proteção de colônias de trabalho no bem de ambientes de baixo teor vibratório, nos quais tais colônias estão inseridas (caso de “Campo da Paz”, da obra “Os Mensageiros”), ou, pelo menos, fazem fronteira (caso da colônia espiritual “Nosso Lar” do livro homônimo). Obviamente, em níveis vibratórios mais elevados, as transições tendem a ser mais sutis, pois os habitantes de níveis espirituais menos evoluídos respeitarão naturalmente os limites nos quais suas respectivas presenças não são bem-vindas. Aliás, mesmo dentro da colônia “Nosso Lar” já existem tais limitações. André Luiz, por exemplo, quando recuperou sua condição de saúde perispiritual, procurou atividades através da intervenção do Ministro Clarêncio, recebendo “autorização” para visitar e começar estágios de estudo e trabalho nos quatro ministérios menos elevados de Nosso Lar (Regeneração, Auxílio, Comunicação e Esclarecimento), mas sem acesso, pelo menos naquele primeiro momento, aos dois ministérios mais elevados (Elevação e União Divina).

    André Luiz e a programação reencarnatória

    • André Luiz, tanto em "Evolução em Dois Mundos" como em "Missionários da Luz", comenta que há reencarnações que são esforços meramente evolutivos básicos, enquanto há encarnações cuja programação é mais elaborada, pois os Espíritos são mais preparados. Portanto, o planejamento acaba sendo mais elaborado em função do maior leque de possibilidades que tem que ser planejado para cada reencarnante. 

    • De qualquer maneira, é necessário que haja um automatismo da Lei, afinal, a reencarnação é uma Lei Natural, e, em muitos casos, quando nos submetemos a ambientes como motéis e, o que é ainda pior, meretrícios, estamos nos submetendo à eventualidade dos processos naturais da Lei. Além da evidente possibilidade de adquirirmos obsessores que tenham vícios em comum conosco, e até mesmo vícios muito piores, pela “abertura espiritual” oferecida, podemos propiciar situações de “oportunidade reencarnatória” para Espíritos atrasados presentes em tais locais. De fato, no caso em tela, tais ambientes costumam apresentar muitos Espíritos sexólatras e que, eventualmente, podem ser "imantados" a uma eventual célula-ovo gerada pelo ato sexual. A Lei permite tais eventualidades, pois quando nos submetemos ao risco, estamos gerando causas, ou seja, estamos agindo dentro da Lei de Causa e Efeito.

    • Um exemplo simples: um determinado reencarnante tem uma programação reencarnatória que, a priori, estabelece uma significativa probabilidade de uma vida física de aproximadamente 90 anos de idade, considerando condições orgânicas, genéticas, espirituais, perispirituais, socioeconômicas, entre outras. Todavia, sempre que está no trânsito, dirigindo carros e/ou motos, age com grandíssimo excesso de velocidade. Eventualmente, num dia de grande inconsequência ao voltante, tal indivíduo pode sofrer uma colisão frontal e vir a desencarnar. Trata-se, portanto, de um suicídio, provavelmente considerado inconsciente ou indireto, mas ainda assim um suicídio. Dessa forma, o referido indivíduo agiu, por livre e espontânea vontade e contra toda a programação reencarnatória, acabei propiciando uma desencarnação antecipada. 

    • Outro exemplo (ainda pensando em aproximadamente 90 anos de vida física): alguém que sempre fumou dois maços de cigarro por dia desde os 15 anos de idade e desencarnou com 70 anos de vida, vítima de doenças causadas direta e indiretamente pelo tabagismo. Ora, trata-se de um caso menos drástico do que o primeiro, mas, ainda assim, nesse exemplo, houve um desperdício de 20 anos de vida, o que, em termos de reencarnação, pode ser decisivo em relação ao cumprimento de tarefas reencarnatórias e à situação espirtual consequente que o Espírito vai apresentar no mundo espiritual. 

    • Importante ressaltar que os Espíritos obsessores não são necessariamente ignorantes intelectualmente. Alguns são extremamente cultos e inteligentes, muito embora estejam em um estado de perturbação moral/emocional (vale analisar o capítulo 8, intitulado “Preparativos para o Retorno”, de “Ação e Reação”).

    • Os Espíritos inferiores, segundo informações do mundo espiritual, obtidas, por exemplo, através de Manoel Philomeno de Miranda (mediunidade de Divaldo P. Franco), podem até planejar reencarnações, mas não percebem que estão indiretamente agindo para um fim maior que é a Lei de Deus. Os prepostos de Deus permitem, até um certo ponto, que eles atuem dessa forma. Até que chega um momento em que terão que colher concretamente o que plantaram. Como disse Jesus, "é necessário que haja escândalos, mas ai por quem os escândalos venham". 

    • Em "Os Mensageiros", de André Luiz/Chico Xavier, um dos espíritas fracassados (já desencarnados), teve uma programação reencarnatória que previa determinados filhos, mas sua sensualidade, gerou obsessões e uma companheira bem abaixo de seu nível espiritual e que, indiretamente, trouxe para o convívio do referido companheiro um filho que era um ser "monstruoso", o qual era fortemente vinculado a essa mulher. 

    • Portanto, a programação reencarnatória existe, mas está submetida a cada dia de escolhas em que estamos modificando esse planejamento. Logo, é possível a ocorrência de uma reencarnação com planejamento mínimo, meio que improvisada pelos mentores, o que é gerado pelo automatismo da Lei, associado usualmente à nossa inadvertência em relação à própria “Lei Natural do Divina”. De qualquer maneira, o processo de “planejamento reencarnatório” é algo do tipo “fluxo contínuo”, pois a cada dia pode ser modificado, ajustado, incrementado, dependendo de nosso esforço efetivo no dia-a-dia.

    • Aliás, essas alterações não ocorrem somente em função de erros, mas também em função de superação da expectativa inicial dos mentores, em relação a eventual sucesso espiritual da nossa parte. Com José Raul Teixeira, notável orador e médium de Niterói, segundo explicação dele mesmo, aconteceu uma expansão do tempo de vida física. Sua tarefa foi desdobrada porque os mentores avaliaram que ele estava indo bem em suas atividades (e por isso ele não teria morrido em um acidente de carro em 1986). Teria acontecido algo parecido com Divaldo Franco no início da década de 90, quando o admirável médium e orador baiano sofreu um infarto. 

    • De fato, Chico Xavier dizia que “não se pode voltar atrás e ter um novo começo, mas sempre é possível começar agora e ter um novo fim”. Além disso, o médium de Pedro Leopoldo teria dito certa vez para o médico Elias Barbosa: “Meu filho, saiba você que o dia em que o pior criminoso do mundo resolver deixar o crime e trabalhar, sinceramente, com Jesus, a Justiça de Deus para de atuar, e começar a agir a Misericórdia Divina e nada lhe faltará”. Essa análise de Chico Xavier corrobora a informação registrada na obra de André Luiz “Ação e Reação”, que explica que as novas causas no bem anulam as causas anteriores no erro. Obviamente, nada mais é do que uma nova confirmação da frase do Apóstolo Pedro: “O Amor cobre a multidão dos pecados”, que, por sinal, é uma reiteração do ensino de nosso Mestre Jesus de Nazaré: “Muitos pecados lhe são perdoados porque ela muito amou”.

    Os ambientes apresentam um determinado padrão vibratório médio, em função da média de vibrações, pensamentos, ideais e atitudes que são mantidos no ambiente. É óbvio que a intenção pode até ser muito pior mesmo em um ambiente melhor, mas o ambiente sendo melhor, diminuiríamos o risco de uma série de problemas subsequentes. 

    Em Nosso Lar, o Espírito pode ter uma invigilância moral, é claro! Mas se tiver no "baixo umbral" as repercussões em função do tipo de Espíritos que estão ao redor podem ser mais complicadas. Na obra "Missionários da Luz", logo em um dos primeiros capítulos um "Espírita" que frequentava "cabarés" tinha obtido dois Espíritos que eram obsessores sexuais! Veja bem, não era vingança de encarnações passadas! Nada a ver! Era afinidade espiritual (digamos "novas amizades" recentemente “conquistadas”!), associada a vícios usuais que muitas vezes, inadvertidamente, cultivamos na vida física. Quando ele foi em uma reunião de desenvolvimento mediúnico no centro espírita (obviamente, que não estava em boas condições para isso), os obsessores ficaram do lado de fora, pois, a barreira vibratória do centro espírita evitou que eles adentrassem o centro (se já fosse caso de subjugação e/ou possessão, os obsessores entrariam mesmo com as barreiras!!! Mas ainda era obsessão simples, sem total acoplamento perispírito-a-perispírito, e, assim sendo, os obsessores ficaram do lado de fora). Quando a reunião terminou, ele saiu do centro, e, lenta e gradualmente, começou a pensar negativamente. Os espíritos obsessores que o esperavam do lado de fora do centro espírita foram retomando a influenciação enquanto ele voltava para casa acompanhado de sua irmã e de sua mãe. Após despedir no meio do caminho de sua irmã e de sua mãe, completou o percurso até sua casa. Sempre acompanhado pelos espíritos sofredores, cada vez mais ativos na influenciação. Quando ele chegou em casa, os obsessores ficaram de novo do lado de fora, pois ele, o marido, foi beneficiado pela alta elevação e atitude moral e espiritual da esposa, que orava e vivia de forma elevada espiritualmente, mantendo barreiras vibratórias que beneficiavam toda a casa e toda a família, por consequência (o que nos faz refletir sobre a necessidade premente do Evangelho no Lar no mínimo uma vez por semana!). Quando ele estava na rua, estava totalmente susceptível à influência, mas em casa e no centro espírita era beneficiado pela vibração média ambiente que era elevada espiritualmente em ambos os locais. Essa realidade remete-nos, indiretamente ao próprio mestre Jesus: "Onde houver dois ou três reunidos em meu nome, ali eu estarei". Para a esposa era uma proteção por mérito espiritual (Lei de causa e efeito) e para ele, que não fazia por merecer era "acréscimo de misericórdia". Mas, obviamente ele poderia acabar com as resistências espirituais da mulher em função da sua inconsequência espiritual para com a família que é um ser coletivo, do ponto de vista vibratório. Por outro lado, se a mulher permanecesse com uma alta resistência em seu nível vibratório, ele continuaria sendo beneficiado pela proteção dela, pelo menos enquanto estivesse em casa, assim como acontecia quando ia ao centro espírita (isso também desperta-nos para a necessidade da frequência à casa espírita! Vide a obra “O Centro Espírita” de J. Herculano Pires). Nesse segundo contexto, a situação pioraria realmente se o quadro de obsessão simples fosse se agravando até gerar um quadro de subjugação ou fascinação (se ele achasse que estava bem e inspirado!) ou até mesmo possesso (que consiste em um caso de subjugação mais avançado, conforme podemos constatar em “A Gênese”.

    Digamos que alguém passe a noite em um motel e/ou hotel de baixo padrão vibratório, mas com o objetivo único de descansar e dormir, por exemplo. Nesse caso, como o indivíduo não está em sintonia com as entidades que podem estar presentes no ambiente, esse indivíduo estará menos susceptível. De fato, a pessoa está bem espiritualmente e não tem nenhuma predisposição à conduta moral negativa, que constitui o interesse de muitos que procuram tal ambiente. Nesse caso, a susceptibilidade da pessoa vai ser bem menor, mas, ainda assim, temos que admitir que vivemos em uma realidade de intercâmbio fluídico. 

    Para os indivíduos que possuem uma certa sensibilidade mediúnica um pouquinho mais ostensiva do que a média das pessoas, muitas vezes determinados ambientes fazem a pessoa sentir-se mal (principalmente médiuns iniciantes que ainda não dominam o intercâmbio fluídico. Divaldo, por exemplo, dizia que no início da sua mediunidade, "quando ia a um casamento ficava mais feliz do que a noiva e quando ia a um velório ficava mais triste do que a viúva porque captava a vibração ambiente e não sabia controlá-la" Daí, ele dizia: Meu Deus, quem sou eu?! Porque o processo de autoconhecimento do médium é mais complexo, pois ele tem que avaliar com muito mais cuidado para saber se está sendo ou não influenciado negativa ou positivamente, ou se é ele mesmo sem nenhuma influência, pelo menos mais efetiva!). Por outro lado, podemos sentir muita paz em determinados ambientes, como a própria casa espírita, o que reforça essa questão de que o ambiente realmente não o principal fator determinante, mas não significa que não proporcione influência alguma. Sem cair no fanatismo de excluir totalmente os ambientes negativos, o que realmente não faz sentido, pensando no Evangelho (pois o nosso estado consciencial é principal determinante, sem dúvida!), também não seria totalmente seguro, principalmente para quem tem um pouco mais de sensibilidade mediúnica, a visita a ambientes de densidade fluídica mais pesada de uma maneira inconsequente e sem motivo. Se o indivíduo está bem consigo mesmo, e seguro espiritualmente, ele pode ir a qualquer ambiente e "não se sujar". A questão é ter essa segurança. No livro "No Mundo Maior" (já no final do livro), Calderaro já tinha combinado que André Luiz iria na excursão ao "baixo umbral"! A Mentora chegou, olhou, avaliou André Luiz e não deixou que ele fosse lá! Ela disse que ele não iria aguentar! E o Calderaro tentou interceder e ela disse que André Luiz não tinha condições, dando a entender que ele poderia sair muito perturbado e, na pior das hipóteses, nem sair! Portanto, ela deixou que ele ficasse apenas no limiar do "baixo umbral" (digamos o médio umbral). O assunto é muito interessante realmente. Mas, você tem razão Anselmo! Se o indivíduo tem segurança espiritual, ele não tem nada mais significativo para temer!

    Há um caso conhecido de Chico Xavier em que o famoso médium de Pedro Leopoldo teria sido levado a um lupanar de Pedro Leopoldo e que Chico, não só não foi afetado pelo baixo padrão vibratório ambiente, mas praticamente desenvolveu uma reunião de Evangelho no Lar do local. Entretanto, é necessário frisar que ele foi levado para lá sem ter consciência do destino e do tipo de surpresa preparada para ele.

    Entretanto, há um outro caso do Chico que merece registro. Certa vez, Emmanuel teria dito para o Chico não ir ao prostíbulo (obviamente, Chico estava indo para ajudar material espiritualmente as moças). E Emmanuel teria dito: "Ir, você poder ir, mas não sei se você volta!". Cá para nós, é claro que Chico não teria maiores problemas morais, mas talvez Emmanuel não quisesse que Chico sofresse maiores desgastes fluídicos, desprendendo muito fluido vital para ajudar ao ambiente (considerando as tarefas que certamente vinha desenvolvendo nos livros e no Luiz Gonzaga!). Seria uma questão de prioridades! E, além disso, talvez Emmanuel aproveitou a situação para dar uma informação para o Chico que fosse útil principalmente para nós outros, os mais frágeis espiritualmente!

    Temos que frisar um ponto importante do problema do nível de percepção mediúnica do ambiente. Para quem não é médium ostensivo e apresente um nível de apercebimento fluídico muitíssimo baixo, provavelmente a presença em ambientes de nível vibratório mais grosseiro possa ser aparentemente “tranquila”, ou seja, pode não gerar nenhum tipo de mal-estar detectável. Mas isso não significa que a influenciação espiritual não esteja acontecendo. É claro que o médium ostensivo que é uma espécie de “estação de rádio” (conforme analogia de André Luiz, em “Mecanismos da Mediunidade”), que emite e que recebe pensamentos e/ou fluidos com grande intensidade para sentir os impactos dos ambientes (sejam eles ambientes de nível espiritual elevado ou atrasado).

    Nesse sentido, o indivíduo que não é médium ostensivo teria, a priori, uma certa “vantagem” de não sofrer usualmente os impactos negativos em “ambientes” de nível vibratório inferior, pelo menos de maneira que ele próprio identificasse algum tipo de mal-estar. Mas essa aparente “vantagem” também não deixa de ser perigosa (podendo constituir, dependendo dos hábitos do indivíduo, em grande “desvantagem”). Realmente, o fato de não sentir em maior grau os chamados popularmente “ambientes carregados” fornece uma espécie de “segurança” e uma “tranquilidade” para o “não-médium”. No entanto, ninguém é 100% “não-médium”, e mesmo sem sentir implicações físicas, psicológicas e comportamentais, ele pode adquirir “companhias espirituais”, que se tornem verdadeiros obsessores, através, fundamentalmente, do “fenômeno telepático”, o qual é o fundamento da mediunidade basal, mesmo que ele não se dê conta disso. Nesse caso, em função de uma inconsequência e ausência de “vigilância espiritual”, ele pode adquirir influências espirituais que podem ir crescendo lenta e gradualmente, podendo, mais frequentemente, a médio prazos, virem a constituir processos obsessivos complexos e de difícil terapêutica.

    Portanto, de forma excepcional, em função das ocorrências naturais da vida, quando um “não-médium” têm que ficar um determinado tempo em ambiente negativo espiritualmente, a sua baixa sensibilidade poderia, em um primeiro momento ser considerada vantajosa, pois ele não vai sentir tão fortemente os impactos do ambiente, incluindo, muitas vezes, sintomas físicos. No entanto, se o nível de risco a que ele se submete, justamente por não sentir nada (ou quase nada) é elevado, então essa aparente “vantagem” pode passar a constituir grande “desvantagem”, uma vez que vários processos espirituais negativos podem estar acontecendo com o respectivo indivíduo, mesmo que ele não se dê conta disso.

    De fato, um dos maiores e gerais problemas associados à questão obsessiva é que a maioria dos indivíduos ignora que ela exista. E mesmo dentre os que a admitem, muitos têm uma compreensão extremamente superficial do fato. Assim, o conhecimento da realidade espiritual, da realidade e intensidade do problema obsessivo, suas causas, processos e implicações assim como os cuidados preventivos e terapêuticos contra a obsessão ainda são de conhecimento de uma “micro minoria”, fazendo com que a ampla maioria dos seres encarnados aja de maneira inconsequente e altamente arriscada do ponto de vista espiritual, susceptível de serem vítimas da obsessão.

    Nesse contexto, quem já sente em um certo grau mais significativo os impactos fluídicos negativos tende a ser mais cuidadosos em suas atitudes e com relação aos ambientes que frequenta, visando minimizar invigilâncias que, probabilisticamente, podem gerar suas consequências negativas.

    É importante frisar que durante o nosso dia-a-dia, adquirimos algumas companhias espirituais ou recebemos impactos fluídicos que poderíamos chamar de “influência espiritual simples”, que já constituiria algo significativo, mas de menor gravidade do que a obsessão propriamente considerada (a chamada “obsessão simples”, na linguagem de Allan Kardec. De fato, na “obsessão”, a influência já é “persistente”, o que, em princípio, não é o caso da influência espiritual simples).

    Divaldo Pereira Franco afirma que quando adquirimos essas companhias, “se não for caso de obsessão”, ao chegar à Casa Espírita, normalmente, já deixamos suas companhias do lado de fora do Centro Espírita (em função das barreiras vibratórias do Centro), o que, segundo Divaldo, explicaria parte do relaxamento e do bem-estar que o indivíduo sentiria no Centro Espírita, pois, a rigor, já teria “tomado” um “passe espiritual” na chegada ao Centro.

    Waldo Vieira afirma que raramente nossos encontros são neutros fluidicamente (na maioria das vezes, um indivíduo dá fluidos e o outro recebe) e que a grande maioria das pessoas é despreparada para lidar com esses intercâmbios fluídicos. Daí, os chamados comentários do tipo “Eu sou um para-raios!” Ou “Eu sou uma esponja! ” Devem ser compreendidos como indivíduos que tem maior facilidade para trocar fluidicamente (no caso em tela a troca implicaria em receber fluidos negativos e fornecer fluidos de melhor qualidade para o outro, o que explicaria a sensibilização negativa daqueles que fazem tais afirmativas). Aprender mecanismos de “autodefesa” fluídico-espiritual e, antes disso, ter uma atitude de vigilância preventiva em relaçã

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