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  • segunda-feira, 11 de setembro de 2017

    O Evangelho é e sempre será a ferramenta definitiva da paz (Jorge Hessen)



    Jorge Hessen
    jorgehessen@gmail.com


    As ameaças cruzadas entre Coreia do Norte e Estados Unidos têm como protagonistas lançamentos de mísseis norte-coreanos. Análises recentes sugerem que em 2020 a Coreia do Norte terá um míssil nuclear "confiável" que pode atingir solo norte-americano. Os analistas dentro do exército norte-americano já operam sob o pressuposto de que a Coreia do Norte tem a capacidade [ofensiva]. Em caso de lançamentos efetivos, serão colocadas à prova as capacidades de interceptação de tais artefatos na região com o potente escudo antimísseis Terminal High Altitude Area Defense (THAAD).

    O Japão tem advertido que derrubaria qualquer míssil norte-coreano que ameaçasse o seu território. Tanto Tóquio como Washington contam com um sistema de mísseis interceptadores. Mas a interceptação acontece na fase "terminal" do voo na região Ásia-Pacífico, incluindo Coreia do Sul, Japão e Guam e é pouco provável que as baterias instaladas na Coreia do Sul e no Japão sejam eficazes.

    Nesse tétrico cenário de guerras sabe-se que Donald Trump é apaixonado por elas, incluindo as armas nucleares. Tem prometido instituir leis e ordens “fortes”, “rápidas” e “justas”. Em verdade, nosso planeta jaz na UTI. Os governantes atuais permanecem moral e espiritualmente seriamente enfermos.

    Há milênios entronizamos o debate sobre a razão humana, e permanecemos na guerra da destruição quais irracionais; exaltamos as mais elevadas demonstrações de inteligência, porém engendramos todo o conhecimento para os impiedosos massacres humanos. Em 2016 a Rússia mostrou um novo míssil nuclear que supostamente poderia devastar uma área do tamanho do estado do Texas, nos Estados Unidos.

    No início de outubro de 2016, 40 milhões de cidadãos russos participaram do maior “teste” nuclear desde o fim da Guerra Fria, usando máscaras de gás e se preparando para fugir para bunkers. As tensões entre a Rússia e os Estados Unidos têm se mantido altas desde que os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções econômicas ao país devido às ações da Rússia na Ucrânia em 2014.

    O General Richard Shirreff, comandante supremo da OTAN na Europa entre 2011 e 2014, descreveu a guerra nuclear com a Rússia em 2017 como algo “inteiramente plausível”. Cristina Varriale, do Royal United Service Institute (RUSI), disse ao The Sun que Putin está “pronto” para colocar as forças nucleares russas em alerta.

    Não desejando ser pessimista, porém na qualidade de historiador, não posso deixar de refletir que há menos de 100 anos o mundo experimentou duas guerras devastadoras. Mas reflitamos sobre o seguinte: qual a base lógica que justifica uma guerra? Os Espíritos admoestam que a guerra é a predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e satisfação das paixões.

    Combates militares existem há mais de 5 mil anos, desde os primitivos embates entre os Mesopotâmios, entre gregos e persas, entre Atenas e Esparta, entre Roma e Cartago. O Século XX foi o século mais sangrento de todos. Após a Segunda Guerra Mundial já ocorreram centenas conflitos bélicos, resultando em mais de 40 milhões de mortos. Se contabilizarmos os resultados dessas paixões primitivas desde 1914, estes números sobem para 401 guerras e aproximadamente duzentos milhões de mortos, numa projeção bem superficial.

    Ainda amargamos os disparates de uma soberaníssima tecnologia no campo bélico, do avanço da informática, do mapeamento dos genomas, das excursões espaciais, dos voos supersônicos, das maravilhas dos raios laser, ainda sobrevivemos com o massacre da dengue hemorrágica, com a chacina da febre amarela, com o desafio da tuberculose, com a provocação da AIDS e com todas as escandalosas invasões das drogas (cocaína, heroína, skanc, ecstasy, o crack etc.).


    Nesse funesto e real cenário planetário, a nossa esperança é a prática da mensagem do Cristo, que decididamente foi, é e sempre será o instrumento de pacificação entre os homens, sendo portanto o mais diligente convite contra a guerra e definitivamente o grande fanal para a redenção humana.