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  • segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

    Surto psicótico. Os anencéfalos estão voltando?

    Luiz Carlos Formiga

    Alguns periódicos espíritas já me pediram um texto. Sinto dificuldade ao explicar que só escrevo quando sinto uma imperiosa vontade, como está acontecendo.

     Estou escrevendo ao som de Ben Harper. Perdi o preconceito quando estive num culto do Lar na casa de Francisco Cândido Xavier e ele colocou uma música da MPB.

    Talvez por esperar “a vontade imperiosa” escrevo pouco. A motivação surge quando meus olhos se molham, pelo tema, pelo problema, pela minha impotência, pela incompetência. Creio que isso é um problema psiquiátrico, pois escrevo para não me sentir omisso. Já não penso em população alvo, se terei leitor e, se tiver, se ele vai me ajudar na divulgação. Todos estão sempre muito absorvidos pelos seus momentos pessoais. Confesso que gostaria que me ajudassem, mas para isso acontecer acho que teria que ter uma “sacada genial”, capaz de lhes tocar as fibras mais íntimas e tornar úmidos seus olhos. Acho que nem o aborto é tema capaz de realizar esse milagre. Já escrevi sobre suicídio, drogas AIDS, sexualidade e foi pequena a aceitação. Não me lamento, pois aquele problema psiquiátrico, aquela sensação de omissão, desaparece e fica longe por muitos dias. Hoje retornou.

    Lembrei a parábola. O Semeador saiu a semear... Atirou as sementes, amorosamente... Umas caíram na terra escaldante e feneceram... Outras caíram ao alcance dos pássaros e foram deglutidas... Outras cresceram entre espinheiros e foram sufocadas... Mas outras caíram em terreno fértil... e produziram uma por trinta... uma por sessenta... uma por cem... e deram muitos frutos bons...

    Bezerra de Menezes desce de alturas e nos diz pelas mãos do Chico: a legenda de agora é kardequizar... semear as sementes escolhidas... e confiar na fertilidade dos terrenos...

    Necessário viver muito para perceber ainda no corpo que existem terrenos onde algumas sementes irão germinar. Uma palestra que fiz na década de 1990 no CENPES da Petrobrás, hoje, está na Federação espírita Espanhola.

    Permitam-me uma pausa. Quero dar um exemplo de “sacada genial”.

    Só um insinght poderia juntar a Vanessa com o Harper. Veja que lindo no link.

    Voltemos. Outra coisa que não deve nos preocupar são as revistas que só publicam artigos ainda virgens. Não são capazes de republicar um de boa qualidade, embora publiquem originais que, se não fossem psicografados, não seriam divulgados. Esse problema já foi enfrentado por Kardec.

    Após analise, o Codificador concluiu que apenas 8,3% dos artigos de desencarnados, recebidos para publicação, poderiam ser divulgados e, destes, somente 5,5 apresentavam mérito. Dos artigos escritos por “encarnados” 20% apresentavam valor real.

    O tempo é selecionador. Vanessa e Ben não serão esquecidos, pelos que tem ouvidos de ouvir.

    Duas palavras me molharam os olhos. Anencefalia e Zika.
    Permitam outra digressão relacionada à lágrimas.

    A luta contra o aborto no congresso Nacional obteve uma vitória, 37 votos à favor  contra 14, no dia 21 de outubro de 2015. Foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados o substitutivo do Projeto de Lei 5.069 de 2013, que modifica a Lei de Atendimento às Vitimas de Violência Sexual (12.845/13).

    Estamos vencendo e perdendo batalhas.

    Com tristeza recebemos do Supremo Tribunal (STF) o placar de 8 a 2. Embora o Brasil tenha hoje um expressivo número de espíritas, ainda não somos capazes de influenciar e ajudar ministros. Ganhou a torcida do time que vestia a camisa do aborto dos anencéfalos. O problema é que podemos ligar o suicídio cometido em reencarnações anteriores aos anencéfalos.

    Perdemos de 8 X 2, o que equivale a derrota no futebol  para a Alemanha. Haja lágrima!

    O Antagonista comentando o atual governo que tem como meta aprovar o aborto, disse que “se o mandato não for cassado, o TSE e o STF se tornarão cúmplices da ORCRIM.” Falava do Governo da “Madame”

    Os governos “poderosos” patogênicos são capazes de planejar a morte humana, antes do nascimento.

    Em relação à cultura da morte, um dos primeiros atos do Presidente Lula foi assinar o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, em que se comprometia a legalizar o aborto no Brasil.
    Abril de 2005. O governo apresentou à ONU um documento com o compromisso de  legalizar o aborto ainda no mandato deste presidente.

    Setembro de 2005 o presidente apresentou ao Congresso Nacional, através da Ministra Nilcéia Freire, ex-reitora da UERJ hoje diretora da Fundação Ford no Brasil, um projeto de lei, conhecido como substitutivo do PL 1135/95, que pretendia tornar legal e totalmente livre o aborto durante todos os nove meses da gravidez.

    Abril de 2006. A descriminalização do aborto foi oficialmente incluída, pelo Partido dos Trabalhadores (PT), como diretriz do programa de governo para o segundo mandato do Presidente Lula.
    Setembro de 2006. O Presidente Lula  incluiu o aborto em seu programa pessoal de governo.

    Setembro de 2007. O Terceiro Congresso Nacional do PT aprovou a descriminalização do aborto, em caráter obrigatório para todos os membros do Partido.

    Setembro de 2009. Num julgamento presidido pelo presidente nacional do partido, Dep. R. Berzoini, o PT condenou, por infração contra a Ética Partidária, os deputados federais Luiz Bassuma e Henrique Afonso por terem se posicionado contra o aborto.

    As dificuldades em implantar o aborto fizeram o governo contratar um grupo de Estudos para elaborar um novo programa. Surge o “Termo de Cooperação nº 137/2009”, Diário Oficial da União de 21 de dezembro. Assim se estabelece um grupo de "Estudo e Pesquisa para Despenalizar o Aborto”.

    Junho de 2012. O governo Dilma declara que "o sistema de saúde acolheria mulheres que desejassem  fazer aborto e as orientaria na utilização correta dos métodos.  O governo declara à imprensa que "é crime praticar o próprio aborto, mas entende que não é crime orientar uma mulher na sua realização”.

    Em 2013. Surge uma das votações mais estranhas da história das casas do legislativo. Um projeto para implantar o aborto, com título “enganoso” foi, por quatro vezes, aprovado por unanimidade. O projeto, tramitado com a velocidade da luz, ocultava o verdadeiro teor da proposta. O Projeto de Lei tramitava desde 1991, com o nome de PL 60/1999. Em um só dia, o pedido de urgência foi aprovado, emendado, apresentado, relatado, votado e aprovado por unanimidade no plenário da Câmara.

     Nos três meses seguintes o projeto foi novamente relatado e aprovado por unanimidade em duas comissões e no plenário do Senado. Praticamente, tudo por iniciativa dos parlamentares do PT.
    01 de agosto de 2013. O projeto foi sancionado integralmente, Lei 12.845, pela presidente Dilma Rousseff.

    http://orebate-jorgehessen.blogspot.com.br/2015/10/que-13-que-agosto-que-desgosto-sobre-o.html

    http://passiniehessen.blogspot.com.br/2015/10/que-13-que-agosto-que-desgosto-sobre-o.html


    Voltemos à Madame. Diz o antagonista que 
    Nestor Cerveró disse que Dilma Rousseff entregou a BR Distribuidora a Fernando Collor. A Folha de S. Paulo revela que, segundo Rodrigo Janot, uma ORCRIM formada por Fernando Collor e o PT foi instalada na estatal entre 2010 e 2014 com o único propósito de saqueá-la. Se o mandato de Dilma Rousseff não for cassado, o TSE e o STF se tornarão cúmplices da ORCRIM.

    Estamos caminhando na borda do precipício.

    O espaço não me permite entrar em detalhes, mas basta uma pergunta.

    Você sabe o que é um banheiro que respeita a identidade de gênero?
    O link abaixo permite ver a profundidade do poço

    “A organização francesa Youthonomics, passou um ano analisando as condições de vida e de futuro para os jovens de 64 países. Para o Brasil aparecer deve-se publicar a lista dos 25 piores. Revista Forbes.”

    http://noticias.bol.uol.com.br/fotos/bol-listas/2015/10/20/os-39-melhores-e-os-25-piores-paises-para-a-juventude.htm


    Haja lágrima! Principalmente depois da reportagem de Cambricoli do Estado de São Paulo, em 17 do janeiro de 2016. Ela relata que nasceram gêmeos, mas um dos bebês tem microcefalia.

    Eles “fizeram tudo quanto foi exame para ver se eu tinha alguma infecção que poderia ter causado a microcefalia e deu tudo negativo.”

    Se Deus existe é injusto, diria o desinformado.

    Já estamos num 7x1 antes das olimpíadas.

    Especialistas em doenças transmissíveis lançaram uma cartilha orientando mulheres grávidas a não viajarem para países que registram surto de Zika.

    Podemos contar uns cinco anos até que surja uma vacina. Como ficamos até lá?

    Voltando aos governos “patogênicos”, li que vai ser lançado nesse janeiro de 2016 o primeiro estudo sobre os reflexos econômicos de um eventual impedimento da presidente Dilma, pelo economista Reinaldo Gonçalves, Professor titular do Instituto de Economia. A conclusão do estudo do professor da UFRJ é que o eventual impedimento de Dilma Rousseff é uma oportunidade não somente para a resolução da grave crise sistêmica (ética, social, econômica, política e institucional) como também para o desenvolvimento político e institucional do país.

    Deus só não existe porque não quer, disse o garotinho respondendo a uma provocação.

    Emmanuel, no Livro Caminho, Verdade e Vida, comenta uma visão noturna do apóstolo Paulo. O espírito amigo termina a lição, sobre “O Varão da Macedônia”, dizendo que o Evangelho de Jesus é portador de todos os ensinamentos essenciais e necessários, sem nos impor a necessidade de recorrer a nomenclaturas difíceis, distante da simplicidade. Pede-nos apenas atenção amorosa e não teorias complicadas.

    Como responder de forma simples se o aborto de anencéfalos guarda alguma relação com o surgimento do vírus Zika?
    Para oferecer a resposta o leitor terá que estudar muito. Talvez a pós-graduação ou uma encarnação não seja suficiente. Estudando aborto, através de várias janelas, suicídio, anencéfalos e microcefalia duvido que não tenha dor na alma. Não digo um surto psicótico. No passado já disseram que o Espiritismo era uma fábrica de loucos. Quem são os loucos?