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  • domingo, 26 de janeiro de 2020

    Aborto, abortos....abortos

    Aborto, abortos....abortos



    Jorge Hessen
    Brasília-DF

    A descriminalização do aborto está circundando descarada e sorrateiramente o nosso País. Hoje, assassinar bebê no ventre materno está totalmente descriminalizado no Uruguai, em Cuba e na Cidade do México. Na Colômbia, a Corte Constitucional determinou em 2006 que o aborto é legítimo em casos de estupro, má-formação fetal ou de riscos para a vida da mãe.
    Há países em que o aborto era totalmente ilegal, mas passou a ser aceito nos últimos anos se a mãe correr riscos ou se houver má-formação fetal (no Irã),   anencefalia (no Brasil) ou no caso de estupro (no Togo). Se a grávida corre grave risco de vida, conforme consta na questão 359 de O Livro dos Espíritos, é admissível o aborto induzido para salvar a gestante. (2) Oportuno acrescentar, com a evolução da Medicina, dificilmente se configura, hoje, uma situação dessa natureza extrema.
    Portanto, com a cautelosa exceção da gestação que coloque em risco a vida da gestante, quaisquer outras justificativas são inadmissíveis para uma grávida ou o Estado decidir pelo extermínio de um bebê no útero. Se a mulher compreendesse as implicações gravíssimas que estão reservadas para ela, certamente refletiria bilhões vezes antes de extinguir um ser indefeso no próprio ventre.
    Corinne Rocca, obstetra, ginecologista e professora  é conhecida por estar por trás de estranhíssimas pesquisas sobre aborto realizadas na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. A mais recente delas foi publicada na revista Social Science & Medicine  e mostra que 95% das 667 mulheres que participaram da pesquisa afirmam que abortar foi uma decisão “segura”. (Pasmem!)
    Para Corinne, seu estudo "desmistifica" o que muitos pregam na hora de ser contra o aborto: o fato de que a mulher vai se arrepender da decisão. Rocca estruge que “por anos, alegou-se que precisamos proteger as mulheres dos danos emocionais que muitas sofrem ao fazer um aborto, mas nunca houve evidência para dizer que isso é mesmo verdade”. A pesquisadora alega que o “alívio” foi um dos sentimentos mais citados e que aparecem a longo prazo. Confesso que nunca tinha lido reportagem mais imprudente do que essa da revista Capricho. (3)
    Não nos enganemos, pesquisadores e médicos que defendem e executam o aborto nos países que já legalizaram o trucidamento do bebê no ventre materno são homicidas. Não há lei humana que atenue essa situação ante a incorrutível Lei de Deus. 
    Rocca, supostamente é apadrinhada por fundações internacionais pró-aborto, por isso instiga à prática desse hediondo crime. Sim, cremos que a sua pesquisa deva estar sendo financiada pelas poderosas clínicas de aborto que obstinadamente utilizam a grande mídia, no Brasil, para fazer apologia ao homicídio do nascituro.
    Indubitavelmente a reportagem da revista Capricho é constrangedora e irresponsável, ao apresentar a afirmativa: “Alívio” é o que a maioria das mulheres sente após o aborto, conforme pesquisas. Que paspalhice!!!
    Reflitamos com Chico Xavier sobre o tema: "os pais que cooperam nos delitos do aborto, tanto quanto os ginecologistas que o favorecem, vêm a sofrer os resultados da crueldade que praticam". (4)  Se alguns tribunais do mundo ainda condenam a prática do aborto, as Leis Divinas, por seu turno, atuam inflexivelmente sobre os que alucinadamente o provocam. Fixam essas leis no tribunal das próprias consciências tenebrosos processos de resgate que podem conduzir ao câncer e à loucura, agora ou mais tarde. (...)". (5)
    Ora o primeiro dos direitos naturais do homem é o direito de viver. O primeiro dever é defender e proteger o seu primeiro direito: a vida. Chico Xavier ainda adverte "que o aborto é um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões."(6)  
    Sei que há desatinados “espíritas” (com aspas) invocando o “direito” da mulher sobre o seu próprio corpo, como argumento para a descriminalização do aborto. Contudo, o corpo do embrião não é o da mulher. O nascituro não é um objeto qualquer, qual máquina de carne, que pode ser desligada de acordo com interesses circunstanciais, porém um ser humano com direito à proteção, no lugar mais fantástico e sublime que Deus criou: o templo da vida, ou seja, o útero materno, contudo tem sido o lugar mais aterrorizante para a vida de um bebê.
    Não lavramos aqui condenações irremissíveis àquelas que jazem submersas no corredor tenebroso do aborto já consumado, até para que não caiam na sarjeta profunda da desesperança. Expressamos prudências, no firme intuito de iluminá-las com o farol do esclarecimento, para que enxerguem mais adiante, elegendo por trabalhar em prol dos necessitados e, sobretudo, (se possível) acolhendo filhos abandonados (órfãos) que, atualmente, aglomeram-se nos orfanatos.
    Ah! Se já erraram, não se esqueçam que com o erro se pode aprender. E ao invés de se prenderem ao remorso, consagrem a desafiadora experiência como uma adequada ocasião para o arrependimento, a expiação e a imprescindível reparação.

    Referências bibliográficas:
    1              Conforme o World Population Policies 2009, da ONU que registra o estudo realizado pela ONU e pelo Instituto Guttmacher
    2              Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. RJ: Ed FEB, 2003, perg. 359
    3              Disponível em https://capricho.abril.com.br/vida-real/alivio-e-o-que-a-maioria-da...  acesso 18/01/2020
    4              Xavier, Francisco Cândido. Leis de Amor, ditado pelo Espírito Emmanuel, SP: Ed FEESP, 1963.
    5              Peralva, Martins.O Pensamento de Emmanuel.Cap. I Rio de Janeiro: Editora FEB, 1978
    6              Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Religião dos Espíritos, ditado pelo Espírito Emmanuel. 14a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2001

    Se alguém deve um centavo não pode "fingir" que esqueceu tal dívida

    Se alguém deve um centavo não pode "fingir" que esqueceu tal dívida 




    Jorge Hessen
    Brasília-DF


    Não somos o primeiro, o único, ou o último a divulgar sobre o cortejo de práticas desonestas entre os religiosos. A mídia em geral, frequentemente, anuncia e expõe tais fatos, francamente, abomináveis e com grande repercussão negativa. Não conseguimos ver coerência numa pessoa "meio honesta", "quase honesta" ou "mais ou menos honesta". Ou se “é honesto”, ou “desonesto, não há meio termo. Seja sua palavra Sim! Sim! - Não! Não! Ensinou-nos Jesus.
    Proferimos palestras em várias casas espíritas sobre esse tema e destacamos da tribuna que o lídimo cristão é honesto em tudo que banca. Se alguém deve um centavo que seja, obrigatoriamente, tem que quitar esse débito com seu credor, por simples questão de integridade moral. Não se pode "fingir" que deslembrou tal dívida (quer seja de um centavo).
    Por elevadíssima razão é indispensável haver transparência na prestação de contas, mensalmente, com os contribuintes da casa espírita. Cremos que é simples obrigação afixar, no 'quadro de avisos' ao público, a comprovação da correta aplicação dos recursos recebidos.
    Os dirigentes que assim procedem veem patenteadas a credibilidade da instituição que administram e a pureza de suas intenções. Por outro lado, evitam-se rumores, do tipo: -"fulano (a) está cada vez mais rico (a)"; -"sicrano (a) construiu uma mansão com o dinheiro doado ao centro" e, -"beltrano (a) comprou um carro do ano, caríssimo", olhem só para isso!
    Aconteceu conosco. Certa vez , após uma palestra sobre o “incômodo” tema, houve rumores nos corredores do centro, alguns dirigentes da casa nos arremessaram saraivadas de 'chumbo grosso' pela maledicência. “Fraternalmente” proscreveram-nos da escala de oradores. Porém, tal decisão em nada nos afetou, mesmo porque isso implicaria em que admitíssemos contemporizar com as artimanhas obscuras que faziam com dinheiro dos frequentadores.
    Nos surpreendemos com as atitudes de alguns deles, desarmonizados moralmente, mas são confrades que fingem gestos de “santidade”, usam palavras “dóceis”, olhares de superioridade, julgam-se donos da verdade, determinando normas de conduta sem sustentáculo doutrinário para exemplificá-las.
    É evidente que ficamos atônitos e envergonhados quando sabemos, pela imprensa, que algumas instituições "filantrópicas" desviam recursos, emitem recibos forjados de falsas doações, etc..
    Há centros que dão, até, uma 'ajudazinha' aos confrades, driblando o Imposto de Renda retido na Fonte... imaginem!
    Instituições outras recebem, à guisa de doações, roupas, calçados, alimentos, eletrodomésticos, etc., e os dirigentes se apropriam delas, com a maior naturalidade.
    Temos conhecimento de instituições que aceitam doações, até, de objetos valiosos e que os dirigentes se apropriam dos melhores, é claro, antes de os exporem em bazares ditos "beneficentes", objetivando arrecadar fundos para obras "assistenciais". 
    Daí, indagamos: isso é fruto da “minha” imaginação?
    Será que estamos obsedados ao abordar tal assunto?
    Não, meus irmãos! Estamos completamente conscientes da responsabilidade cristã. A prudência continua sendo a nossa melhor conselheira. É imperioso salientar que nossos argumentos não estão sendo direcionados para a instituição A, B, ou C. Dirigimo-nos a todas, indistintamente, como alerta geral. 
    Difundimos esses alertas sem expor esse ou aquele grupo espírita, mas por questão de consciência ética, acreditamos que um autêntico espírita tem que ser fiel aos princípios que a doutrina estabelece e saber que HONESTIDADE é prática IMPERIOSA para todo ser humano, que dirá, para um espírita cristão?
    Portanto, que seja definitivamente esconjurado todo e qualquer subterfúgio, que tente justificar sistêmicas concessões fraudulentas, como se fossem naturais para certas ocasiões. 
    As falanges do mal de "cá" e do "além-túmulo" se organizam para obstruir muitos projetos cristãos. Os obsessores (encarnados e desencarnados) são inteligentes, organizados e vão dando um passo de cada vez, por conhecerem muito bem pontos vulneráveis dos incautos. É urgente advertir sobre a obrigatoriedade da conduta honesta para que o ideal espírita seja cada vez mais ético, transparente consoante os preceitos estabelecidos por Jesus.