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  • quarta-feira, 27 de julho de 2016

    A INFÂNCIA E AS TECNOLOGIAS – PAIS, TODO CUIDADO É POUCO! (Jorge Hessen)


    Jorge Hessen
    Brasília/DF

    As crianças de 8 a 12 anos que vivem conectadas à Internet constituem o grupo mais vulnerável para um abusador sexual. Segundo especialistas mencionados pelo diário “La Nación” de Buenos Aires, os pais que começam a se preocupar com a vida virtual de seu filho quando esse faz 12 anos estão chegando atrasados. Segundo Sebastián Bortnick, presidente da ONG argentina Cibersegura, que propôs a lei que transformou em delito a caça sexual a menores pela Internet e outros meios eletrônicos, “é preciso prestar atenção mais cedo, pois a partir dos 8 anos já correm risco”, disse. [1]

    Os perigos são reais, vejamos: os argentinos estão comovidos com o assassinato de Micaela Ortega, uma adolescente de 12 anos, encontrada morta no final de semana, após permanecer 35 dias desaparecida. Segundo fontes oficiais, ela conheceu o assassino no Facebook. O promotor que investiga o caso, Rodolfo De Lucia, contou à imprensa que “Luna”, o assassino, convenceu Micaela a acompanhá-lo, dizendo que a levaria para a casa de uma amiga, a mesma que “Luna” inventou no Facebook. [2]

    Para os estudiosos da temática, quase 70% das crianças (meninos e meninas) entre 10 e 12 anos, já criaram um perfil numa rede social. Naturalmente ainda são crianças, entretanto não estão mais na infância. Convivem ou sobrevivem absorvidas por emblemáticas relações virtuais, com escasso contato com o mundo real e ignoram os gravíssimos perigos que os cerca. Recordo que 50 anos atrás nos agrupávamos para brincar na casa de um amigo, de um parente, na rua ou na praça, contudo hoje em dia as crianças se agrupam nas redes virtuais (sem noção de realidade).

    Desde a popularização do rádio - inventado por Marconi, em 1895 e disseminado em grande parte do mundo até as décadas de 30 e 40 - da expansão da TV, inventada por John Baird em 1925, e disseminada no Brasil a partir dos anos 50 e da invasão da Internet, a partir da década de 90 - com a criação dos sistemas de rede (web) - atribuída a Tim Berners Lee, o nível de informação das pessoas aumentou consideravelmente. Mesmo aqueles considerados ignorantes na sociedade atual detêm um volume de informação muito maior que há cinco décadas." [3]

    Em tempos de cibernética é urgente monitorarmos nossos filhos sob às regras necessárias da vigília cristã, antes que nossos rebentos completem os 11 anos. Agindo assim, podemos instrumentalizá-los de consciência crítica, a fim de lidarem com o mundo virtual, conduzindo-os à vigilância diante das arapucas advindas pela Internet.

    Consequentemente, é imperioso explicar aos filhos sobre os perigos das redes sociais (Facebook, Instagram ou Snapchat), investigar diariamente o que eles acessam na Internet, o que assistem (filmes), o que ouvem (músicas) e com quem articulam mensagens. Urge fazer isso de forma amorosa, numa relação de proteção. Esse procedimento dos pais acarretará benefício aos filhos e eles perceberão que estamos cautelosos e que podem dialogar conosco sobre o que fazem e com quem conversam nos universos virtuais.

    Seguramente, os pais que negligenciaram até aqui o controle das viagens dos filhos nas trilhas dos smartphones, notebooks, tablets etc., quando começarem a monitorar ficarão espantados ao adentrarem nos perfis e correspondências dos filhos (menores de 12 anos). Há cem por cento de chance de descobrirem correspondências incomodativas por lá. Toda cautela é pouca! Lembrando que no monitoramento não pode haver suspensões hostis quanto ao uso da tecnologia, até porque a “coisa proibida” é mais sedutora para eles. É necessário dimensionar aos filhos a confiança de que estão sendo vigiados para o seu próprio bem.

    Apoiados no bom senso doutrinário, é importante aprendermos a enfrentar os desafios cibernéticos, com a intenção de procurar a verdade e de esclarecer nossos filhos. É bastante salutar que saibamos separar o trigo do joio. A Internet, a despeito das informações incorretas, das agressões, das infâmias, da degradação e do crime, é sem dúvida um instrumento de grandiosas realizações que dignificam o homem e preparam a sociedade para um porvir mais promissor, e nossos filhos não podem estar alheios a isso.

    Vivemos num estágio social em que o mundo virtual é quase o real, mas ele nos surge como sonho. Alguns sonham com cuidado, outros se perdem nos conflitos dos delírios oníricos. Em todos esses estágios há o perigo disso virar pesadelo. Esse é o preço que a sociedade contemporânea paga pelo avanço das tecnologias, apesar de muitos cidadãos ainda não terem se dado conta de que seus atos pelas vias virtuais estão estabelecendo desastres morais de consequências imprevisíveis.

    A Internet permitirá um contato mais rico com a monumental obra espírita. Hoje é possível elaborar cursos interativos, por exemplo, uma discussão das obras espíritas clássicas, assinalando links relevantes entre os diferentes textos, e com comentários feitos por autores consagrados. Os livros da Codificação podem ser disponibilizados em hipertexto, em versões de fácil consulta. Relatos específicos podem ser colecionados e indexados para pesquisa rápida etc. etc. etc.

    Mas cuidado! Ora, se devemos prestar atenção redobrada ao atravessar uma avenida de trânsito intenso, devemos ter a máxima cautela ao navegar na web, pois os perigos são reais. Também nós adultos devemos estar atentos para evitar cair em emboscadas cibernéticas. Mas apesar dos riscos e temeridades, não devemos demonizar as novas tecnologias tal qual fazia a Inquisição na Idade Média, queimando os livros e dilacerando a cultura.

    Referências:

    [1] Disponível em http://www.jpnews.com.br/noticias/2016/2590498/pais-precisam-se-preocupar-com-a-vida-virtual-dos-filhos-desde-cedo acesso em 25/07/206

    [2] Disponível em http://www.oparana.com.br/noticia/morte-de-adolescente-que-conheceu-assassino-no-facebook-comove-argentina/8371/ acesso em 25/07/2016


    [3] Disponível em http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com.br/2013/03/as-novas-midias-como-locus-privilegiado.html acesso em 25/07/2016

    sexta-feira, 22 de julho de 2016

    EUTANÁSIA - A FALSA PORTA DA “PAZ ETERNA” (Jorge Hessen)


    Jorge Hessen
    Brasília/DF

    Lamentavelmente a eutanásia é legal na Bélgica desde 2002. A lei belga estabelece que, para ter direito à eutanásia, os pacientes precisam demonstrar constante e insuportável sofrimento psicológico ou físico. Em 2013 houve 1.807 casos de eutanásia no país, a maioria deles de pessoas idosas sofrendo de doenças terminais (apenas 4% tinham distúrbios psiquiátricos).

    A eutanásia tem suscitado controvérsias nos meios jurídicos. No Brasil, a Constituição e o Direito Penal são bem claros: a eutanásia constitui assassínio comum. Nas hostes médicas, sob o ponto de vista da ética da medicina, a vida é considerada um dom sagrado, e portanto é vedada ao médico a pretensão de ser juiz da vida ou da morte de alguém. A propósito, é importante deixar consignado que a Associação Mundial de Medicina, desde 1987, na Declaração de Madrid, considera a eutanásia como sendo um procedimento eticamente inadequado.

    No entanto, na Bélgica, Sébastien, um belga, tem reivindicado uma autorização legal para morrer através da eutanásia. Para isso, argumenta que sofre psicologicamente por não conseguir aceitar sua homossexualidade. Vive numa constante sensação de vergonha e de cansaço mental por estar atraído sexualmente por quem não deveria, segundo crê. É como se tudo fosse ao contrário do que gostaria de ser, alega. Há gigantesco apoio popular à eutanásia na Bélgica. O número total de casos aprovados tem crescido anualmente desde 2002.

    A lei foi modificada em 2013 para consentir a prática inclusive para crianças em estado terminal. A lei estabelece que todas as mortes por eutanásia no país devem ser inspecionadas por um comitê de médicos e advogados. Para Gilles Genicot, professor de legislação médica da Universidade de Liége e membro do comitê que revê os casos de eutanásia, o desejo de Sébastian, por exemplo, não preenche o critério legal para a prática. [1]

    Sem exteriorizar aqui nosso juízo sobre a auto rejeição da sexualidade de Sébastian, privilegiaremos as ponderações doutrinárias em torno do contra-senso da eutanásia oficializada. Sim! Não cabe ao homem, em circunstância alguma, ou sob qualquer pretexto legal, o direito de escolher e deliberar sobre a vida ou a morte de seu próximo, e a eutanásia, essa falsa piedade, atrapalha a terapêutica divina nos processos redentores da reabilitação espiritual.

    Nós, espíritas, sabemos que a agonia física e emocional prolongada pode ter finalidade preciosa para a alma e a enfermidade pertinaz pode ser, em verdade, um bem. A questão 920, de O Livro dos Espíritos, registra que “a vida na Terra foi dada como prova e expiação, e depende do próprio homem lutar, com todas as forças, para ser feliz o quanto puder, amenizando as suas dores”. [2]

    Muitos infelizes crêem que a solução para seus sofrimentos é a morte através da eutanásia oficializada. Todavia, afirmamos que além de sofrer no mundo espiritual as dolorosas consequências de seu gesto equivocado de acovardamento e revolta diante das leis da vida, aquele que procura recursos para morrer pela eutanásia (uma espécie de suicídio indireto) ainda renascerá com todas as sequelas físicas resultantes da deliberação da morte antecipada, e terá que enfrentar novamente a mesma situação dolorosa que a sua inexistente fé e distanciamento de Deus não lhe permitiram o êxito existencial.

    O verdadeiro espírita porta-se, sempre, em favor da manutenção da vida, respeitando os desígnios de Deus, buscando não só minorar seus próprios sofrimentos, mas também se esforçar para amenizar as dores do próximo (sem eutanásias), confiando na justiça perfeita e na bondade do Criador, até porque, nos Estatutos Dele não há espaço para injustiças e cada qual recebe da vida segundo suas necessidades e méritos. É da Lei maior!

    Referências:

    [1] Disponível em http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36591159 acessado em 15/07/2016


    [2] Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, RJ: Ed FEB, 2002, pergunta 920

    sexta-feira, 15 de julho de 2016

    AS “CURAS” SUPERFICIAIS QUE CONTRASTAM COM A FORÇA DO EVANGELHO Jorge Hessen


    Jorge Hessen 
    Brasília/DF

    Se há um assunto que Kardec não priorizou na Codificação foi a mediunidade de “cura” e sequer tocou no assunto sobre “cirurgiões do além”. Em face disso, tenho sido recorrente quando aponto o modo inconveniente (doutrinariamente falando) dos centros espíritas que propõem as velhas de sessões de “cura” com ou sem “fantasmas cirurgiões”. Não ignoro os efeitos relativamente interessantes alcançados por alguns raros médiuns de “cura”, mas não entendo como imprescindível e nem valorizo esse tipo de mediunidade. Ainda que saiba que as práticas fora da boa lógica não desmerecem o fenômeno mediúnico.

    Em que pese terem despertados curiosidades de cientistas e estudiosos no Brasil e no exterior em face do uso de apetrechos cirúrgicos estranhos , alguns até mesmo enferrujados, doutrinariamente jamais identifiquei nas mediunidades de José Arigó, Rubens Faria, Edson Queiroz, João de Deus e quejandos como instrumentos importantes para difusão dos princípios espíritas, inobstante seja o Espiritismo capaz de explicar as intervenções de “médicos do além” nos fenômenos de “cirurgias espirituais”.

    Obviamente quando os médicos encarnados compreenderem o valor da mediunidade (em suas várias tipificações) e sobretudo da obrigatoriedade de mudança de comportamento moral do homem, a medicina da terra ampliará o seu poder terapêutico. Não sou dos que aceitam ou deixem de aceitar um Espiritismo sem “espíritos”, mas creio que a legítima mediunidade transformadora, a da cura real , é a mediunidade da mudança de conduta , do amor ao próximo, da caridade, da paciência, da tolerância, da benevolência, da indulgência e do perdão. Ou seja, uma instituição espírita pode funcionar impecavelmente sem absoluta necessidade da mediunidade pelo menos a tal “ostensiva”.

    Em face disso , um Centro espírita não deve privilegiar ou provocar os fenômenos mediúnicos “ostensivos”, mormente aqueles centros que apenas são voltados à “cura” espiritual ou física. A instituição deve priorizar acima de tudo (e de todos) os estudos , principalmente do Evangelho e ponto!. Ah! Proclamam, há muitos sofredores no mundo. Sim e daí? Obviamente ninguém sofre os imperativos das dores por prazer, contudo por indigência moral. É da Lei de Causa e Efeito e ponto!. Ofertemos o Evangelho, eis aí o remédio para todas as dores.

    Em suma, fazer caridade com mediunidade sem o adequado entendimento dos seus perigos e contra indicações pode levar a distúrbios mentais. Não estou censurando a mediunidade, mas refletindo a mesma sob outro enfoque, propondo enxergar outra finalidade de percepção “extra-sensorial”. Ora, se ela está no cotidiano de cada um e se manifesta por tipos diversos e foi herdada nessa longa estrada evolutiva que percorremos , ela deve ser utilizada como potencial de transformação pessoal sem necessidade de apelos sistemáticos aos irmãos do além. 

    Parafraseando Herculano Pires através de outra interpretação reafirmo que a reforma íntima é o nosso passaporte para a espiritualidade e não a mediunidade. Até porque os Espíritos não estão à disposição para promover curas de patologias que não raro representam providências corretivas para nosso crescimento espiritual no buril expiatório. Nesse sentido, enfatizo que os dirigentes de núcleos espíritas deveriam promover bases de estudos e reflexões sobre as propostas do Evangelho, em vez de encetarem trabalhos espirituais para os "curanderismos" superficiais.

    segunda-feira, 11 de julho de 2016

    A CONSCIÊNCIA NÃO JAZ SOB ALGEMA NA MASSA CRANIANA Jorge Hessen


    Jorge Hessen
    Brasília/DF

    O pesquisador materialista afirma que a consciência humana (ou o espírito) é resultante exclusivo das funções cerebrais e está confinada no crânio. Para ele, quando o corpo morre a consciência (ou o espírito) desaparece. A rigor não existem proposições científicas academista que apóiem a sobrevivência da alma após a morte e muito menos a comunicação dos mortos.

    Contudo, diante do acúmulo de fatos a exemplo da sensibilidade extrafísica de Chico Xavier, que não foram explicados pelas leis da natureza ou foram analisados algumas vezes como fraude, um grupo de cientistas metafísicos resolveu interrogar a ciência - e não os médiuns. A conclusão desses cientistas está contida no livro Irreducible Mind. A obra parte da lógica de que fenômenos como a mediunidade, a telepatia e experiências de quase-morte são indícios de que o velho modelo teórico vigente nos meios academistas é incompleto. [1]

    Para o psiquiatra da Universidade da Virgínia (EUA) Edward Kelly, a ciência vem ignorando um princípio científico básico, o da “falseabilidade ou refutabilidade”, ou seja, todo cientista sério deveria estar sempre procurando um vácuo na sua tese - e não o contrário. Para Kelly a mediunidade pode ser um desses vácuos, por isso é plausível desvendar o mistério da consciência, que instiga filósofos e cientistas há milênios. [2]

    Os pesquisadores clássicos acreditam que parte do problema está em considerar mente e cérebro uma coisa só. Porém, Edward Kelly propõe que o cérebro seja encarado como um aparelho de TV. A consciência seriam seus programas. Um defeito na TV (cérebro) pode alterar a qualidade da imagem, mas não o conteúdo dos programas (consciência). Ou seja, sem a TV, não podemos enxergar nosso seriado favorito, mas o seriado existe mesmo assim. Só não pode ser assistido. Funcionaria de um jeito parecido com a consciência: dependemos do cérebro para percebê-la, mas ela não está, segundo a proposta, encarcerada dentro do aparelho (cérebro). [3]

    Essa realidade garantiria sobrevida da consciência além do corpo, abrindo a possibilidade de explicar a ideia de que a consciência segue vagando por aí após a morte e pode se comunicar com os outras consciências, vivas [encarnadas]ou não.[4] Kelly propõe que os cientistas tradicionais questionem suas convicções e prestem mais atenção em fenômenos hoje ignorados, como a mediunidade. 

    Por quanto tempo filósofos, cientistas e religiosos têm ponderado o que acontece após a morte? Existe vida após a morte, ou nós simplesmente desaparecemos no grande desconhecido? Embora corpos individuais estão destinados a autodestruição, o sentimento vivo , a consciência , o "quem sou eu?" - É uma fonte de baixa voltagem de energia operando no cérebro. Mas esta energia não desaparece com a morte. Uma dos mais seguros axiomas da ciência é que a energia nunca morre; ela pode ser criada mas não destruída ".[5]

    Não existiríamos sem a consciência, aliás nada poderia existir sem consciência. Pesquisadores recordam que a morte não existe em um mundo sem espaço atemporal. Não há distinção entre passado, presente e futuro. É apenas uma ilusão teimosamente persistente. A imortalidade não significa uma existência perpétua no tempo sem fim, mas reside fora de tempo completamente. [6]

    Articulam alguns acadêmicos que a consciência é um produto da atividade cerebral, que surge para dar coerência às nossas ações no mundo. O cérebro toma a decisão por conta própria e ainda convence seu “titular” que o responsável foi ele. Assim sendo, somos um só: o que é cérebro também é mente. A sensação de que existe um eu que habita e controla o corpo é apenas o resultado da atividade cerebral que nos ilude. Então não há nenhum “espírito” na máquina cerebral.

    Será mesmo? É óbvio que as muitas deduções dos múltiplos experimentos da neurociência reducionista são ardis da ficção. "A mente tem a dinâmica de um mosaico de luzes que se projetam pela consciência, que se contrai ou expande diante do que nos emociona."[7] Desse Universo abstrato "emanam as correntes da vontade, determinando vasta rede de estímulos, reagindo ante as exigências da paisagem externa, ou atendendo às sugestões das zonas interiores." [8]

    Há estudos consistentes que comprovam a total impossibilidade de se medir com precisão o tempo entre o estímulo cerebral e o ato em si, o que, aliás, já derruba todas as precipitadas teses materialistas. A consciência e a inteligência não são um curto-circuito nem o subproduto casual do intercâmbio de quaisquer neurônios. Enquanto a ciência demorar-se abraçada à matéria e não alcançar a dimensão do que não pode palpar, ver e ouvir, ficará ainda extremamente distante de tanger as imediações da verdade que investiga.

    O atributo essencial do ser humano é sem dúvida a inteligência, mas a causa da inteligência não reside no cérebro humano, mas sim no ser espiritual que sobrevive ao corpo físico e pode se comunicar com o homem encarnado. Graças ao Espiritismo, no seu aspecto filosófico e experimental, está sendo possível construir a sólida ponte sobre o abismo que separa matéria e espírito. Os mortos podem ser ouvidos. Todo brado de coroados “nobeis” de ciência alça a sua voz para nos expressar a morte da matéria. 

    Já é tempo de nos instruir ante os ensinos da ciência pós-mecanicista dos séculos passados e de nos livrarmos da camisa de força que o materialismo do século XIX infligiu aos nossos julgamentos filosóficos. Neurocientistas, “químicos e físicos, geômetras e matemáticos, erguidos à condição de investigadores da verdade, são hoje, sem o desejarem, sacerdotes do Espírito, porque, como consequência de seus porfiados estudos, o materialismo e o ateísmo serão compelidos a desaparecer, por falta de matéria, a base que lhes assegurava as especulações negativistas.”. [9]

    Referências bibliográficas:

    [1] Disponível em http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/afinal-e-possivel-ouvir-os-mortos acessado em 10/07/2016
    [2] Idem
    [3] Idem
    [4] Idem
    [5] Disponível em http://interligadonoticias.blogspot.com.br/2016/05/cientista-faz-revelacao-fantastica.html?m=1 acessado em 10/07/2016
    [6] Idem
    [7] Facure Nubor Orlando. Operações Mentais e como o Cérebro Aprende, disponível no Site www.geocities.com/Nubor_Facure acesso em 22/03/2013
    [8] Xavier, Francisco Cândido. No Mundo Maior, Ditado pelo Espirito André Luiz, RJ: Ed.. FEB, 1997, cap. 4
    [9] Xavier, Francisco Cândido. Nos domínios da mediunidade, Ditado pelo Espírito André Luiz, “prefácio” do Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed FEB, 1999.